Falo de dramaturgia não dramática para falar de uma escrita para o teatro, que começa na página, que termina na cena, e que usa e abusa das linguagens disponíveis a uma encenação: luz, som, corpo, cenário etc.
De uma escrita que mobiliza não a ação continuada, tramada e motivada pela psicologia de uma ou mais personagens, mas sim as potências expressivas da dança, do canto, da música, da pantomima, da iluminação, do vídeo, das artes plásticas e digitais, da performance…
Tudo isso em busca não de contar uma história, nem de re-presentar um mundo, mas sim de criar efeitos de verdade, numa a-presentação de mundo que mora e morre (?) na cena.
Minha próxima oficina aborda os pressupostos e os procedimentos dessa escrita teatral.
Com exemplos de textos brasileiros e estrangeiros, modernos e contemporâneos, a oficina encaminha as participantes a testarem procedimentos de uma escrita teatral ‘desdramatizada’, fundada sob bases não-dramáticas, que valorizam, no lugar da ficção, o metateatro; no lugar do conflito, a variação e o contraste; no lugar da personagem, a performer; no lugar da dramaturga como contadora de histórias, a dramaturga como encenadora conceitual; no lugar da palavra como gênese de um mundo fictício, a palavra como veículo de outras linguagens: a palavra-som, palavra-luz, palavra-cenário, palavra-dança etc.
Para se inscrever, basta me enviar seu e-mail e nome completo via DM no meu Instagram ou no perfil do Dramaturgias. Você paga quanto quiser pela oficina, sem valor mínimo, pela seguinte chave do Pix:
caetanobcb@gmail.com
Espero te ver por lá!